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21/11/20

Livros acessíveis da acadêmica Adriana Araújo


 

As primeiras coautoras a receberem seus livros da Mostra de Literatura de Andrey do Amaral








O livro "Histórias e Vidas: Além do olhar", em tinta, ficou pronto. Noeme Rocha e Adma Oliveira já autografaram para o Psicólogo João Bezerra, dia 18/11/2020.

Segundo Andrey do Amaral autor da Mostra de Literatura e organizador do livro: "o livro digital está prontíssimo e sendo distribuído. As livrarias que aceitaram o e-book foram a Amazon brasileira, a Amazon americana e a Rakuten Kobo. Como o livro é grátis, não sei se outras vão se interessar. Estou tentando. Disponibilizei o livro no dia 11/11. Mas as livrarias tem até 72 horas para atualizarem os sites. Ontem algumas já divulgaram o livro, que estará também na Apple Store e na Google Books.
Para encontrar a coletânea, basta acessar as livrarias mencionadas e digitar o nome do livro.
Google Play: https://play.google.com/store/books/details/Andrey_do_Amaral_Hist%C3%B3rias_e_vidas?id=oRcIEAAAQBAJ&hl=pt_BR

Amazon (Brasil): https://www.amazon.com.br/Hist%C3%B3rias-vidas-Al%C3%A9m-do-olhar-ebook/dp/B08N59G3XT/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=hist%C3%B3rias+e+vidas&qid=1605285836&sr=8-2

Rakuten Kobo: https://www.kobo.com/br/en/ebook/historias-e-vidas

Membros da AIAB organizam I Feira Literária no Sol Nascente


 

Posse de Luiz Eduardo, um dos mais novos membros da AIAB


 

17/11/20

Belo artigo de Adriana Araújo, acadêmica titular da AIAB


Olhar e não enxergar

Quanta coisa se olha e não se quer enxergar; e quanta coisa se enxerga, porém não se quer olhar?

Vivemos uma dualidade de contrastes, de sentimentos, de medos, de angústias e de olhares. Essa dualidade tem se tornado comum, uma realidade na vida de muitas pessoas. Cada vez mais se percebe o quanto a cegueira tem ganhado espaço no mundo dos videntes e o quanto, quando se quer, se pode enxergar mesmo não tendo como olhar.

Os reflexos dessa cegueira têm se observado em muitos momentos e situações.  Os cegos estão por todas as partes; nas calçadas quando fazem suas caminhadas, nos semáforos quando guiam suas caixas velozes, nos mercados, carregando suas sacolas repletas de guloseimas e tudo o mais que se consegue ou não comprar. Nas suas caixas verticais e horizontais que abrigam videntes e não videntes.

O que estamos vivenciando, remeteu-me à grandiosa obra de José Saramago ‘Ensaio sobre a cegueira’ que diz “Por que foi que cegamos, não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”.

Existem vários tipos de cegueira e elas estão por toda parte . Somos cegos ao cruzarmos todos os dias com inúmeras pessoas que são consideradas “invisíveis”. Pessoas que limpam nossas calçadas, recolhem o nosso lixo, deixam o ambiente, onde vivemos, limpos e cheirosos, cuidam dos jardins. E por que são invisíveis? Invisíveis aos olhos de alguns que passam por essas pessoas como se elas não existissem ou simplesmente fizessem parte da paisagem. No entanto, esses “invisíveis” também são seres humanos, têm dificuldades, dores, necessidades, mazelas como qualquer um de nós. Infelizmente, poucos dão importância para o trabalho digno e fundamental que cada um deles exerce.

Invisíveis que ao sumirem da paisagem, sinalizarem um descuido, um abandono de tarefas, ausentarem-se, mostram-nos aquilo que insistimos em não enxergar: que os invisíveis existem, são muito visíveis, nós é que não os enxergamos e não nos damos conta que eles fazem muita falta.

Agora, nesse momento de pandemia, surge um novo grupo de cegos que insiste em não enxergar o inimigo que apesar de ser invisível, a todo instante dá provas do quanto está vivo, é visível e pode ser cruel.

Assim como os muitos “invisíveis” que cruzam nossos caminhos, este invisível também tem cruzado o nosso dia a dia, porém de maneira terrível. Entra sorrateiramente nas nossas casas, traiçoeiramente ataca famílias, rouba o que temos de mais precioso e devasta tudo num descuido ou piscar de olhos.

Apesar de ele insistir em se mostrar, mesmo estando invisível, e nos cutucar com seu dedo longo e provocativo, aponta “Você pode ser o próximo”; persistimos em nossa ignorância, fazemos cara feia, olhamos de soslaio, damos as costas, saímos de fininho e fingimos que não é conosco. Assim, o invisível simplesmente diverte-se, invade espaços, passeia livremente pelo ar, impregna-se nas mãos de quem teima em agarrá-lo e viaja até na sola dos sapatos de quem insiste tentar marcar um encontro com ele na esquina; muitos fecham os olhos para o perigo, para a ameaça que os ronda.

As proteções que poderiam ajudar contra o invisível são banalizadas, ridicularizadas. As máscaras viram barbas, babadores, tiaras e até enfeites de orelha.  As consequências são sentidas, vistas, porém não enxergadas. O invisível é subestimado.  E assim, no auge da ignorância, desprezando ainda mais a existência do invisível, aqueles que veem mas não querem enxergar, reúnem-se para beber, comer, conversar, abraçar-se como se tudo isso fosse invenção do olhar, do imaginário. Com isso, negam os acontecimentos e até mesmo a si próprio. Os olhos estão abertos, porém fechados para a consciência, a empatia, a sensibilidade, o respeito ao próximo.

 Quanta cegueira junta viaja por aqui e por acolá. O invisível é cruel, porém mais cruel ainda é a ignorância daqueles que veem e não querem enxergar. A cegueira aparece como uma epidemia e vai acometendo um por um a cada dia.

E mais uma vez, retomo José Saramago “O pior cego é aquele que não quer ver”.

                                                                                                                                                                                                                              Por Adriana Araújo, escritora.    


14/11/20



Sobre a continuidade do fechamento da Biblioteca Braille “Dorina Nowill”

 A Biblioteca Braille “Dorina Nowill”  - BBDN continua fechada para o público, assim como muitas outras bibliotecas públicas e escolas. A BBDN, tem como especificidade o atendimento a pessoas com deficiência visual. Dentre esse público, muitos são pessoas idosas e com questões de saúde, como diabetes, hipertensão, cardiopatias, etc. A BBDN, além de seu trabalho com empréstimos de livros e audiolivros, também é um espaço de convivência de pessoas com cegueira e baixa visão. A Biblioteca esteve fechada como as demais instituições, desde março de 2020, por atendimento ao decreto do GDF; desse modo o seu público ficou desprovido desse espaço de atividades culturais,  de letramento e de convivência. Se a reabertura ocorre no atual momento, certamente, os seus usuários retornariam sua frequência à BBDN, o que representaria um grande risco a saúde dos mesmos, pois diferentemente das instituições que reabriram suas portas, a BBDN não dispõe de estrutura de limpeza, com profissionais fixos no local para o cuidado com a higienização contínua do ambiente, tampouco dispomos de estrutura para um protocolo de segurança sanitária necessário para o funcionamento devido da biblioteca. Almejamos uma estrutura mais adequada para os nossos usuários há anos, a qual seria imprescindível para um momento de pandemia que existe os cuidados protocolares. Sabemos da importância da biblioteca na vida de pessoas com deficiência visual, sobretudo as adultas, e ainda de que muitas têm sofrido e sentem-se prejudicadas em suas emoções, pela falta da participação ativa proporcionada pela BBDN, uma vez que para muitos, esse espaço é o único espaço de uma atuação ativa e interativa. Contudo  ficamos reféns de um de uma situação delicada, pois a manutenção desse ambiente seguro se faz necessária não só para os frequentadores mas também para os funcionários. O atendimento presencial é inviável para a  biblioteca nesse momento, além das pessoas com DV. Como biblioteca pública, a BBDN atende outras pessoas que frequentam que não são deficientes, mas sem essa condição de segurança limpeza extrema, tais como máscaras, álcool gel, luvas, desinfetantes e produtos para uma limpeza mais condizente com essa situação vivida no momento inviabiliza qualquer interesse de nossa parte em reabrir a nossa Biblioteca Braille. Outro aspecto fundamental a ser considerado no quesito de uma segurança sanitária para as pessoas com deficiência visual  é a de que para esse público o uso do tato é fundamental para o reconhecimento de pessoas e objetos. Suas mãos são seus olhos, assim o toque é parte do cotidiano da pessoa com cegueira e baixa visão, contudo o Covid-19 é uma doença contagiosa e as mãos são um veículo de transmissão. Isto posto, justificamos a todos que não podemos nos expor e tampouco a nenhum dos frequentadores da BBDN. E ansiamos que, em breve, uma solução definitiva seja  alcançada para que retomemos nossas atividades presenciais tão valiosas para a comunidade do Distrito Federal e entorno. 

                                                                                                    Equipe Bibliobraille, em 14/11/2020

                                          

 

 

 

 


Bazar literário virtual


 

05/11/20

Posse de Marcos Filho na Biblioteca do Congresso, em Washington/EUA



 O depoimento do membro correspondente no dia de sua posse, nos EUA - Nov/2019:

"Boa noite família Literarte, como vão? Hoje, o dia foi tão empolgante que precisaria de 3 dias para contar tudo o que vivemos hoje aqui em Washington. Mas, vou tentar dar uma resumida. Começamos o dia seguindo o cronograma de irmos até a Library of congress para catalogar livros da Literarte e fazer ali a solenidade de Posse da AIAB - Academia Inclusiva de Autores Brasilienses - para o Escritor Marcos Filho. E com a presença de brasileiros e americanos, sob a batuta da presidente da Academia Dinorá Couto Cançado, Marcos Filho agora é o primeiro membro de uma Academia de Letras Brasileira empossado na maior e mais importante Biblioteca do Mundo. Neste clima grandioso, fomos recebidos pelo bibliotecário responsável pelo arquivo Internacional Sr. Brandon Sgwats , para a entrega das obras. Foram catalogados  livros da Literarte, de Thiago Vilard, Rosemary Gomes, antologias e livros dos demais autores presentes.Passada a emoção, ganhamos um tour guiado, onde aprendemos a história da Biblioteca e descobrimos toda a riqueza histórica do Prédio. Saímos dali e fomos até o Obelisco tão famoso em tantos filmes americanos, como Forrest Gump e em seguida ao Memorial de Abraham Lincoln, apertada de horário, recebi em meu celular uma notícia que engrandeceu ainda mais nossa visita. O Embaixador recém chegado do Brasil Sr. João Pedro Corrêa da Costa e a Ministra Maria Thereza Foster faziam questão de nos receber pessoalmente . E foi mágico. A Literarte subiu mais um degrau como divulgadora e defensora da lusofonia. Todos os escritores presentes tiveram a oportunidade de falar sobre o nosso trabalho. Todos ficaram encantados com nossas obras e com nosso desejo de propagação da Cultura brasileira e da língua Portuguesa pela mundo. A Diretora da ABRACE,  maior instituição de ensino da língua Portuguesa, aqui em Washington, ressaltou a dificuldade que os quase 50 mil filhos de imigrantes têm em acessar a língua pátria por meio dos livros. O Embaixador comprometeu -se de divulgar junto a comunidade o canal Literarte Kids como super indicado para a comunidade." 

E, agora, de Izabelle Valladares, correspondente da AIAB em Cabo Frio/RJ, coordenadora da viagem e Presidente da Literarte:
"Gente, pára tudo! É um apoio incrível ao nosso trabalho e, a partir de janeiro, essa indicação estará no site da embaixada (Quem não fechou desenho conosco ainda, corre lá) 
Obrigada Deus, ao  meu parceiro de todos esses momentos Alexandre Mattos, a minhas filhas que não me deixaram nunca desistir Izadora Valladares e Anna Valladares e aos autores Elieder Corrêa da Silva, Dinorá Couto Cançado, Marcos Filho, Bernadete Saidelles , Beti Rozencwajg, e aos nossos companheiros de aventuras que registram tudo, Maria Izabela, Maria Valentina, Lavínia Mattos (Minha bbzuda) , Cíntia Couto Cancado,  Vamos que vamos que Deus é Bom!"